Como usar o enxaguante bucal? A pergunta ainda gera dúvidas entre as pessoas. Apesar de ser um item comum na rotina de higiene, o tema continua cercado de mitos e mal-entendidos.
Alguns acreditam que seu uso é indispensável para uma boa saúde bucal, outros questionam sua eficácia e segurança. Com tantas informações contraditórias, é difícil saber o que realmente é verdade sobre o antisséptico bucal.
Este conteúdo trará os mitos sobre o seu uso, oferecendo recomendações de especialistas para ajudar a manter a saúde bucal em dia.
Qual é a função do enxaguante bucal?
O enxaguante bucal é um protagonista na rotina de higiene bucal. Sua fórmula contém ativos antimicrobianos que ajudam na prevenção de cáries, gengivite e mau hálito.
O seu uso rotineiro implica as seguintes vantagens:
- Combate às bactérias que contaminam a flora bucal;
- Agente refrescante ao hálito;
- Alcance em áreas de difícil acesso, ajudando a remover resíduos e placas;
- Fortalecimento da estrutura dos dentes, especialmente o esmalte;
- Estímulo à salivação, o que é essencial para prevenir cáries;
- Melhora o bem-estar e a autoestima.
Embora o enxaguante bucal ofereça esses benefícios, é importante utilizá-lo com a recomendação de um dentista.
10 mitos sobre enxaguantes bucais
Para que tais benefícios sejam sentidos, é preciso fazer o uso adequado do produto e desconstruir mitos associados a ele.
Abaixo, você pode consultar superstições que envolvem enxaguantes bucais para um uso mais consciente.
1. A quantidade de antisséptico bucal não importa
Na verdade, usar mais do que o recomendado pode causar irritação na região bucal, sem oferecer benefícios adicionais. Além disso, existe a questão do desperdício.
O consenso entre dentistas é que 20 ml a cada bochecho é o suficiente.
2. O enxaguante bucal alivia o mau hálito por si só
O papel do enxaguante bucal é secundário. Ele pode mascarar temporariamente o mau hálito, mas não trata a causa subjacente, como bactérias na língua ou problemas gengivais.
Um especialista em Periodontia deve ser consultado quando o paciente sente desconforto por conta da gengivite, periodontite e halitose.
3. Precisa diluir o líquido com água
Alguns enxaguantes são concentrados e podem ser diluídos com água. No entanto, é preciso saber que a mistura com água pode enfraquecer a composição do antisséptico, tornando-o menos eficaz.
Na maioria dos casos, não há necessidade. O fabricante informará sobre a necessidade de diluição. Se a dúvida permanecer, peça ao dentista.
4. Substitui a escovação
De forma alguma! O enxaguante bucal é um complemento à escovação e ao uso de fio dental, não um substituto.
A remoção mecânica da placa bacteriana é essencial e precisa acontecer várias vezes ao dia.
5. Os enxaguantes bucais com álcool são muito mais eficazes
Na verdade, os enxaguantes bucais sem álcool são recomendados, especialmente para aqueles com histórico de sensibilidade oral ou gengival.
Além disso, o álcool pode causar ardência e ressecamento de toda a região bucal, sobretudo, bochechas e gengivas.
Os melhores enxaguantes bucais são aqueles que têm flúor, clorexidina e cloreto de cetilpiridínio (CPC) em sua composição. Estes ativos ajudam a controlar a placa bacteriana e promovem a sensação de refrescância, combatendo a halitose.
6. A orientação do dentista não é importante na escolha do antisséptico bucal
O dentista pode recomendar o enxaguante bucal mais adequado para suas necessidades específicas.
Um especialista em Odontologia leva em consideração a saúde bucal e histórico médico do paciente, melhorando a eficácia do tratamento e manutenção de resultados.
7. Existem contraindicações ao uso do enxaguante bucal
Os ativos químicos presentes em antissépticos bucais não são nocivos ao organismo, logo, não existem restrições quanto ao perfil de pessoa que pode usar o produto.
Porém, lesões na boca, aftas, em especial, podem tornar o bochecho difícil e dolorido. É recomendado esperar que tais machucados cicatrizem para retomar o uso.
8. Podemos engolir o líquido
Embora seja seguro engolir pequenas quantidades, é melhor cuspir após enxaguar para evitar a ingestão de produtos químicos desnecessários que fazem mal ao sistema digestivo.
A fluorose dentária, por exemplo, pode ocorrer quando há a ingestão de flúor em excesso, causando manchas nos esmaltes dos dentes.
9. Precisa usar várias vezes ao dia
Não é necessário. O enxaguante bucal pode ser usado uma ou duas vezes por dia, em bochechos breves, entre 20 a 30 segundos. Em tratamentos periodontais, a frequência pode aumentar.
Na higiene bucal, o que precisa acontecer várias vezes ao dia é a escovação, uso do fio dental e até mesmo bochechos com água após as refeições.
10. Precisa enxaguar a boca com água após o uso
Fazer um bochecho com água anula a ação antimicrobiana do enxaguante bucal, que pode durar até 12 horas. Por isso, não faça isso e maximize os efeitos do antisséptico.
Cuidados ao usar enxaguantes bucais
Com base nestas informações, podemos concluir que o uso do enxaguante bucal implica em alguns cuidados, tais como:
- Não engolir o líquido propositalmente;
- Não substitui a escovação e o uso do fio dental;
- Não precisa usar em excesso;
- Não precisa fazer bochecho com o líquido várias vezes ao dia;
- Não escolher produtos com álcool;
- Não usar se a boca estiver machucada;
- No uso infantil, o uso de enxaguantes bucais precisa ser supervisionado.
- Crianças menores de 7 anos não precisam fazer uso de enxaguantes bucais.
Seguindo estes cuidados, é possível maximizar as vantagens do produto e usá-lo para manter a saúde bucal sempre em dia.
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